quarta-feira, 1 de setembro de 2010


Resgate as brincadeiras tradicionais.
Toda criança brinca, independente da época, cultura ou classe social. As atividades lúdicas fazem parte do mundo de toda criança, pois elas são indissociáveis envolvem-se em uma grande cumplicidade.Brincadeira é coisa séria, neste mundo de hoje, da tecnologia, da mídia, da cultura de massas, da massificação alienante do povo e livrar as crianças da atenção exclusiva à televisão, aos programas que mutilam a sua mente e inculcam valores e práticas nocivas constitui-se em um desafio instigante. Resgatar as brincadeiras tradicionais, os antigos jogos e cantigas de rodas, as músicas do folclore infantil, os contos, que constituem as raízes de nossa identidade cultural. Apreciar os gestos e atitudes que aí se dão. A brincadeira, o jogo, a história, o conto, tornam-se assim instrumentos e subsídios no processo de conscientização das crianças, sobre a realidade e o mundo a seu redor. . A reinserção das brincadeiras populares para FARIA JUNIOR (1996) tem um enfoque multicultural. O jogo é importante para o indivíduo dando a possibilidade de se expressar graças à prática lúdica. A brincadeira infantil possibilita com que a criança lide com a fantasia, com o medo, com a imaginação e com o faz-de-conta. Junto com o processo de formação da personalidade constrói a sua identidade. Os jogos, as brincadeiras, a dança revelam, por seu lado, a cultura corporal de cada grupo social, constituindo-se em atividades privilegiadas nas quais o movimento é aprendido e tem um significado. CAMARGO (2002) afirma que o brincar, a diversão e o lúdico são traços de todas as sociedades conhecidas, em todas as épocas da História, e podem acontecer com qualquer momento do cotidiano dos indivíduos, estejam eles trabalhando ou estudando. É importante dizer que as experiências vividas na infância são, freqüentemente, refletidas nas brincadeiras e as brincadeiras se refletem na maneira como as crianças lidam com os acontecimentos do dia-a-dia. E o que as crianças aprendem é também pela imitação do adulto e, se o adulto tem o brincar em seu cotidiano, o contato e o vínculo com as crianças, provavelmente, serão mais próximos. Sabendo-se de todos os benefícios que o brincar trás para o desenvolvimento do ser humano, recomenda-se criar mais espaço para o brincar no ambiente escolar e familiar, fazendo da infância uma aprendizagem saudável, deixando de lado os brinquedos industrializados e produzindo os seus próprios brinquedos, como a peteca, o bilboquê, a boneca de pano, as cinco-marias... assim, as brincadeiras faram parte da aprendizagem lúdico-cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos que outrora estão esquecidos.

Um comentário:

  1. Me fez lembrar o tempo de infância quando as brincadeiras eram criativas e ao ar livre curtindo a natureza.

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